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Ele e só ele

Os politólogos e comentadores descobriram, em triunfo, que o maior partido da extrema-direita portuguesa, afinal, tem o seu calcanhar de Aquiles: depende absolutamente do chefe. O chefe é o partido e o partido é o chefe. Sem ele, o resto pouco vale. Escreve uma comentadora: «Ele e só ele. Presidente da Câmara, deputado, primeiro-ministro, Presidente. Ele mesmo e todos os seus ministros ao mesmo tempo.» Mas em que altura da história um movimento fascista ou protofascista não dependeu exclusivamente do chefe? Essa é a sua força. O contrário é que seria absurdo. Nestas eleições, o chefe, justamente, ampliou ainda mais o seu poder. Não é fácil acompanhar as análises sofisticadas dos nossos politólogos e comentadores.

Explicações

Numa conversa com um amigo, que tenta explicar, pela milionésima vez, a ascensão da extrema-direita com mapas, números e deduções «lógicas», irrito-me. Identificar o monstro, sentá-lo no laboratório da politologia e observar-lhe o ranho ao microscópio, não me dá alívio nem esperança. Pelo contrário. Desculpa, amigo. Não há ninguém neste mundo que não conheça bem o monstro. Basta olharmo-nos ao espelho.

Má vontade

É lamentável a forma ostensivamente cínica, e até cruel, como os líderes do Partido Democrata norte-americano têm ignorado as propostas dos comentadores, especialistas e politólogos portugueses para resolver o problema da sucessão de Joe Biden.

Moscas

O jornal que leio, o Público , parece ter adoptado o estilo do Correio da Manhã . Títulos com trocadilhos manhosos, comentadores excitados, politólogos tocados pelo escândalo. Lembram as moscas meio enlouquecidas no fim do Verão, que picam por tudo e por nada, porque sentem que vão desaparecer em breve.

Cansaço

Por estes dias, o comentário político nos jornais está dominado por duas palavras: «cansaço» e «desgaste». «O cansaço do governo» e «o desgaste do governo». Alguns comentadores mais impacientes acrescentam ao cansaço e ao desgaste, «uma certa arrogância do governo». E insistem nisto até à náusea, na esperança de que o comentário, mil vezes repetido, se transforme em verdade. O cansaço e o desgaste, no entanto, são obviamente dos comentadores. Falta novidade, falta drama, falta sangue. Os comentadores estão cansados de esperar que o governo se desfaça por dentro e impluda de vez. Como sempre, não lhes ocorre melhor ideia.