Para manter o sentido da dupla negativa em francês — mecanismo tão característico de Cioran —,  vi-me obrigada a recorrer uma e outra vez a “senão”.  Como preposição ou conjunção, mas sempre, sempre, como uma espada que encosta à parede.  A tradução de Lágrimas e Santos  revela-se mais ameaçadora que um livro de Stephen King.
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral