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Que não se muda já como soía

Depois de Serralves e da Casa da Música: Trabalhadores da empresa municipal Ágora - Cultura e Desporto do Porto (Batalha, Rivoli, Galeria Municipal, Campo Alegre, etc.) denunciaram "contratos precários" em equipamentos do município e reivindicaram melhores condições de trabalho. Em março,  o tipo que ganha 288 vezes mais  do que os trabalhadores do Pingo Doce disse que a fraca qualidade dos nossos políticos obriga-nos a pensar se não devemos mudar enquanto sociedade .  Sim, é urgente mudar, mas contra as práticas das empresas-sugadoras. Lutar por uma vida boa para todos.

Sindicato dos mortos

As coisas que ficam de fora das homenagens oficiais são sempre as mais interessantes. Por exemplo, gostava, mas gostava mesmo muito, de ouvir alguém a falar das condições de trabalho da Danièle Huillet e do Jean-Marie Straub: as dificuldades para conseguirem as câmaras e as objectivas necessárias, o dinheiro para a película e para o laboratório, as legendas feitas aos poucos mas bem feitas, os meses a preparar a leitura e a respiração, os orçamentos reduzidos mas geridos com extremo cuidado para poderem pagar o devido à equipa, ... — essas questões materiais e proletárias que foram tão marcantes nas suas vidas e nos seus filmes não entram nas salas dos museus. E também as portas que lhes fecharam na cara; talvez agora essas pessoas que, sem dúvida, ocupam lugares importantes em instituições de prestígio internacional, citem os seus nomes com um arzinho etéreo tentando sacar um pouco de prestígio alheio? O Musée d’Orsay não encomendou e depois recusou Cézanne ? Também é preciso contar