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Observações avulsas sobre matosinhos sul #65

Não tenho medo da minha sombra, é até uma das partes do meu corpo (?) que prefiro. Mas há bocado, vinha a caminhar junto à Casa de Arquitectura, de sul para norte, apercebi-me de duas sombras gémeas na parede à minha direita, uma no encalço da outra e estremeci — como quando lia as histórias assustadoras de Allan Poe.

Sombra

Ter medo da sua própria sombra. Como não ter medo? Tenho cinquenta e cinco anos e é a primeira vez na minha vida que «percebo» que tenho uma sombra — e não sou eu que a projecto, é ela que me projecta a mim. Emil Cioran, Cadernos 1957-1972 
Gosto de ver a minha sombra projectada no chão. É longa e esguia e a cabeça parece mesmo a cabeça de um fósforo. A qualquer momento pode explodir. Bastava estar dentro de um filme do Cronenberg.