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Regina e Saguenail

— Tenho um bocado de medo de me ver ao espelho, sempre tive. Ao mesmo tempo, fascinam-me os fenómenos especulares, nomeadamente as montras das lojas. Gosto dos espelhos quando eles nos devolvem sombras, quando nos devolvem presenças fantasmáticas – que é o que nós somos e nas montras se expressa perfeitamente. 

— O pai do meu padrasto, isto é, o segundo marido da minha mãe, era um “poeta menor” do movimento surrealista, mas fez-me conhecer a poesia dos maiores. Conhecer e apreciar. E depois encontrei a Regina. Por isso, a poesia é, direta ou indiretamente, a nossa única, verdadeira, safa, inclusive porque há outra safa mais acessível, que é o humor, e a poesia não é nada incompatível com o humor.

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