Esta noite sonhei que escrevia um texto sobre este filme e agora, acordado, ao tentar escrevê-lo, não sei como começar, talvez porque o texto que sonhei, o texto que queria escrever antes de adormecer, antes de o sonhar, era um texto da noite, não um texto do dia. Era um texto sobre o que se passa na solidão da noite, na solidão de um quarto. Queria escrever sobre o plano, visto através de uma janela, em que Lucien brinca com os vestidos da sua antiga patroa. Queria falar desse momento solitário e íntimo de Lucien, tão frágil, que não devia ser visto por ninguém e, no entanto, através da janela, Isabelle vê. (...)
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral
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