Deus-nosso-senhor criou uma língua universal, e é por isso que ninguém o leva a sério. Uma língua é uma utopia. Deus pode dar-se ao luxo de não ser bem sucedido: Dada também. É por isso que os críticos dizem: Dada é um luxo ou Dada está com o cio. Deus é um luxo ou Deus está com o cio. Quem tem razão: Deus, Dada ou o crítico? - "Você desvia-se", diz-me um simpático leitor. - Olhe que não, de modo algum! Só queria chegar à conclusão: subscrevam Dada, o único empréstimo que não dá lucro nenhum. Tristan Tzara, Manifesto sobre o amor débil e o amor amargo .
a) Com uma colher de sopa, mudar o Lago Balkhash de lugar. b) Contar cuidadosamente o número de vezes em que ocorre a letra “L” no livro “Ulisses”, de James Joyce. c) Observar com olhos de aranha os movimentos de uma mosca.
A 1 de Fevereiro de 1916, Hugo Ball fundou o Cabaré Voltaire. Ball tinha feito um acordo com o Sr. Ephraim, proprietário do boteco Meierei, que ficava no Niederdorf, um bairro mal-afamado na bem-afamada cidade de Zurique. Ball prometeu ao Sr. Ephraim que, através de um cabaré literário, as vendas de cerveja, salsichas e sanduíches iriam melhorar. Hans Richter, Dadá: Arte e Antiarte .
Mastigar vidro, perfurar a língua com alfinetes, pregadeiras, agulhas de fazer malha, engolir pregos, lâminas de barbear e lâmpadas (incluindo o filamento de volfrâmio), deitar sobre camas eriçadas, carvões ao rubro, serpentes venenosas e crocodilos, como um faquir.
Bach guardou folhas escritas por Händel, Beethoven pautas escritas pelo punho de Mozart, Schubert apontamentos de Beethoven, e Brahms, esse conservou religiosamente um pêlo da perna direita de cada um deles.
Shakespeare ergueu a mão em amplo e raro gesto lírico, respirou fundo e rebentou numa risota, gargalhando com estardalhaço. Nos olhos, apareceram-lhe clarões deslumbrantes, provocados pelo riso incontrolável. Eram tais as gargalhadas, que por um triz não lhe caíram os queixos. E então, agarrado à barriga de tanto rir, Shakespeare morreu.
Para tudo há um tempo, para cada coisa há um tempo determinado debaixo dos céus: tempo para nascer e tempo para morrer, tempo para plantar e tempo para colher o que foi plantado; tempo para destruir e tempo para construir; tempo para chorar e tempo para rir; tempo para lamentar e tempo para dançar; tempo para calar e tempo para falar; tempo para a guerra e tempo para a paz. Eclesiastes, 3.