«Naquela altura tinha um contrato com a Svensk Filmndustri para começar as rodagens de um filme, em Junho. Tratava-se de uma fantochada que teria por título Os Canibais . Já em fins de Março compreendera que me seria impossível realizar este filme, por isso propus à companhia que fizéssemos um filme pequeno , só com duas mulheres. À pergunta muito cortês do director sobre o tema do filme dei uma resposta um tanto evasiva. Iria tratar de duas mulheres ainda novas que, sentadas numa praia e com chapéus enormes na cabeça, se entretêm a comparar as mãos uma da outra. O director não fez comentários. Disse-me apenas, entusiasmado, que era uma óptima ideia.» Ingmar Bergman, Lanterna Mágica . Tradução de Alexandre Pastor.
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral