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Poetas desmancha-prazeres

Um poeta morreu. Durante todo o dia, os noticiários da Antena 1 lembraram o triste acontecimento. A certa altura, um jornalista mais sensível lamentou que o autor tivesse desaparecido pouco antes de se assinalar o Dia Mundial da Poesia. Um pequeno esforço para se manter vivo e teria morrido, em suprema glória, quatro dias depois. Teria sido muito mais bonito, mais «poético». Ah, o efeito que não daria!

Eleições legislativas

Os jornalistas teimam em alterar o sentido destas eleições, referem-se sempre à escolha do primeiro-ministro e do governo, mas eu nunca voto no primeiro-ministro nem no governo, voto para eleger quem me represente na Assembleia da República. E só lamento que tanta gente que precisa de quem lute pelos seus direitos encolha os ombros e diga que não liga à política. — Não é a política a forma de lidarmos uns com os outros?  Outra coisa que me chateia é a pergunta que se tornou lugar comum: a quem é que comprávamos um carro em segunda mão? Nem quero saber do carro, nem tudo se resume a uma relação de compra e venda. Sei bem é com quem partilhava a mesa e com quem nem um café tomava.

"Proletários” do jornalismo

Mas sob esta forma de violência [a invasão da privacidade pelos meios de comunicação], há outra que é invisível. Refiro-me à violência exercida sobre os jornalistas, os repórteres que ficam com um microfone na mão, durante horas, à espera de um acontecimento que, mesmo que aconteça, não é acontecimento nenhum, à espera de que um gesto ou uma palavra insignificantes se transformem em notícia igualmente insignificante. Estes “proletários” do jornalismo têm com certeza consciência da sua condição profissional e do trabalho sujo ou pelo menos inócuo a que estão obrigados. Por isso, devemos pensar que abominam esse trabalho e que o sentem como uma corveia ou mesmo como uma coisa indigna. Os que assim não pensam nem sentem, os que se atropelam sem reserva à porta da casa do ministro, quando este tenta entrar com a mulher e as crianças, são desprovidos da faculdade mais indispensável à sua profissão: o espírito crítico. Em contraste com esta forçada proletarização (que é uma característica fu

Equipamentos eléctricos

Leio a entrevista a Maria Filomena Molder que saiu na edição de domingo do Público . O texto de apresentação da entrevistada começa assim: «Não tem telemóvel, nem televisão…» Uma informação relevantíssima, é certo, mas bastante incompleta. O leitor fica sem saber se Molder também não tem frigorífico, nem máquina de lavar.

Primeira página

A canalhice do título em maiúsculas e a vermelho na primeira página do DN para enganar os reformados. Já os estou a ver à porta da tabacaria a ler as gordas e a vociferar.  A jornalista (?) preferiu não explicar que as simulações são feitas sobre valores anuais e têm em consideração o extra de meia pensão de outubro inflacionando os rendimentos de 2022. Preferiu também não acrescentar que o aumento mensal efectivo a partir de janeiro de 2023 será superior aos tais 6 € (29€ para uma reforma de 650€).  Temos uma oposição de merda que joga tudo em esquemas indignos (e que vai contra a sua própria ideologia de direita). E jornalistas de merda que se prestam a estas tarefas de espalhar meias verdades.