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Masterclass de storytelling

Bárbara passou outra vez na televisão. Gravei. Vale a pena rever os filmes de Christian Petzold; o olhar vai-se desviando da história e encontramos imagens que pouco nos dizem sobre o que está a acontecer, mas que ficam a ressoar na cabeça para sempre. Por exemplo, as cenas na banheira: o pneu da bicicleta e o dinheiro embrulhado à prova de água. Ou no hotel, as raparigas com as pernas ao alto. Quando se deita fora o storytelling , o que fica é cinema. Se não me engano, no Party , de Manoel de Oliveira, Michel Piccoli diz qualquer coisa do género?

Sono un attore

Quando diz à psicanalista que é actor, Michel Piccoli volta a ser Gilbert Valence e depois, dentro do autocarro, na verdade está dentro de um filme de Robert Bresson (ele sabe qual). Se juntar o nome relutante, a gaivota repetitiva, a partida de voleibol e outras coisas que me escaparam — mais do que um filme, Habemus Papam é um repertório. Gosto tanto do Michel Piccoli.
Totalement, tendrement, tragiquement.

Je rentre à la maison

Na montra da loja de molduras da Rua Antero de Quental, descubro uma pequena reprodução de “The Singing Butler”. Detenho-me a olhar e sinto-me um Michel Piccoli de imitação, longe dos boulevards de Paris e com umas sapatilhas baratas.