(para publicar entre 25 de abril e 1 de maio) Um tipo encostado a uma parede a fumar um cigarro durante uma pausa do trabalho. Para além de rebater todas as imagens de banco (um dos combates mais necessários do nosso tempo — isso e liquidar o discurso publicitário que tomou conta da linguagem), é um dos momentos mais gloriosos da jornada laboral: uma brecha no tempo e no espaço; a condição de possibilidade necessária. (para ler com a entoação do amolador de Sicília!) — Ah, se ele se pudesse ver, se conseguisse sentir a força do seu gesto; e se decidisse fazer qualquer coisa com isso.
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral