Shakespeare ergueu a mão em amplo e raro gesto lírico, respirou fundo e rebentou numa risota, gargalhando com estardalhaço. Nos olhos, apareceram-lhe clarões deslumbrantes, provocados pelo riso incontrolável. Eram tais as gargalhadas, que por um triz não lhe caíram os queixos. E então, agarrado à barriga de tanto rir, Shakespeare morreu.
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral
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