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Uma geração de frangos sem asas

As cartas mais divertidas são as que Flannery O’Connor escreveu à desconhecida “A”.* Logo na primeira carta (20 de julho de 1955), terceiro parágrafo: Para além de idiota, a crítica do New Yorker não estava assinada. É um daqueles casos em que é fácil ver que o sentido moral foi eliminado de certas faixas da população, do mesmo modo que eliminaram as asas de alguns frangos para produzir mais carne branca. É uma geração de frangos sem asas — era a isto, suponho, que Nietzsche se referia quando afirmou que Deus estava morto. ———————- * Não assim tão desconhecida. Chama-se Hazel Elizabeth "Betty" Hester . Felizmente ainda ninguém fez um filme sobre a sua vida.

Tenho a certeza de que os escreveu bêbado

(...) O que me leva ao assunto embaraçoso do que não li e não me influenciou. Espero que nunca ninguém me pergunte isso em público. Se o fizerem, tenciono parecer misteriosa e murmurar "Henry James Henry James" — que seria a mais completa mentira, mas não importa. Não fui influenciada pelos melhores. As únicas coisas boas que li quando era criança foram os mitos gregos e romanos que saquei de uma colecção de enciclopédias infantis chamada “O Livro do Conhecimento”. O resto era uma Lavagem com L maiúsculo. O período Lavagem foi seguido pelo período Edgar Allen Poe que durou anos e consistiu principalmente num volume chamado “Os Contos Humerísticos de E.A. Poe”. Eram extremamente humerísticos — um era sobre um jovem demasiado vaidoso para usar óculos, por causa disso casou-se, sem querer, com a sua avó; outro era sobre uma bela figura de homem que no seu quarto tirava os braços de madeira, as pernas de madeira, a peruca, os dentes postiços, a prótese fonatória, etc.; outro sob