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A mostrar mensagens com a etiqueta Bonfim

Observações avulsas sobre o bonfim #64

Mais, le lendemain matin.

Observações avulsas sobre o bonfim #63

 

Observações avulsas sobre o bonfim #56

Ontem reabriu o Café Saudade. Na segunda-feira foi a frutaria que fica em frente e nem sequer tem nome na montra. Juntamente com a paragem C24A1 dos STCP, formam uma espécie de trindade identificária da zona (um enclave na marca Porto. ) Não é fácil definir as características deste lugar mas talvez se possa dizer, sem grandes preocupações, que é cosmopolita, não tanto pelos turistas, mas pelos imigrantes, pela diversidade de faixas etárias (muitos velhos e crianças), géneros sexuais e mentais, etc.; de certa forma corresponde a uma primeira página do Correio da Manhã ao vivo (na frutaria parece que andam todos — empregados e clientes — com uma navalha no bolso); e demonstra que o povo nunca deixou de existir, apenas já não pensa nas expectativas. Um outro tipo de Bartleby.

Observações avulsas sobre o bonfim #51

Nas freguesias mais orientais há cada vez mais imigrantes. Cruzo-me com eles no metro e autocarros, supermercados e ruas. Não têm muito dinheiro — nota-se —; são novos e bonitos. É o Porto cosmopolita que não vem nas revistas e o resto da cidade desconhece. Talvez tragam com eles a mudança necessária.

Observações avulsas sobre o bonfim #50

 

Observações avulsas sobre o bonfim #45

Ao passar pelo Minipreço de Barros Lima (uma das lojas mais nevrálgicas da zona), ocorreu-me que os poetas já não vivem por cima do Minipreço . A frase podia ser o título de uma tese bastante estrábica sobre os caminhos (mansos?) da poesia contemporânea, ou sobre a estratificação social das cidades, ou sobre o comércio em geral.

Observações avulsas sobre o bonfim #31

 

Observações avulsas sobre o bonfim #30

 

Observações avulsas sobre o bonfim #29

 Amor, mágoa e uma faca.

Observações avulsas sobre o bonfim #27

Papoilas junto às escadas que vão dar às Eirinhas (lá no alto). Uma tomada de electricidade na parede exterior da Casa das Artes do Bonfim.  Dois cartazes da exposição da obra gráfica de Francis Bacon nas paragens do autocarro. Os miúdos da Soares dos Reis. Homens de fato protector com capuz a retirar placas de amianto nas traseiras (antes da construção da ESAP). 

Observações avulsas sobre o bonfim #26 (anexo)

O senhor Pedro atende à porta sobre duas caixas de plástico transparente empilhadas. Um cesto para o pão, pilhas, detergente, o que calhar. Desejam-lhe boa Páscoa, ele responde “igualmente” e despede-se com “tudo de bom”. Apesar do sotaque, o senhor Pedro já domina a linguagem local. Nota-se que não é completamente português porque agradece e sorri muito.

Observações avulsas sobre o bonfim #26

As lojas dos chineses quase desapareceram (ficaram as lojas do Pedro e da Sónia). Assim como as agências bancárias. As casas de compra de ouro duraram pouco. Mantêm-se as padarias, vendas de frutas e legumes, restaurantes, confeitarias, cafés. E as farmácias. Abriram algumas imobiliárias, lavandarias e supermercados. Mas o que há mais são cabeleireiros e talhos.

Observações avulsas sobre o bonfim #25

Em frente ao cemitério do Prado do Repouso, o “Mercado do Largo” tem uma montra só para vinhos. Estão agrupados nas prateleiras por ordem hierárquica: os mais caros em cima e os mais baratos junto ao chão. Pela prática vertical (para os católicos) ou pelo efeito do álcool (horizontal, é igual para todos), são mais eficazes do que velas e flores se quisermos falar com os mortos.  Levada pelo nome, ando a descobrir os vinhos de altitude ( acidez , noites frias — estes vinhos parecem um romance).

Observações avulsas sobre o bonfim #24

No quarteirão da Casa das Artes do Bonfim há um açougue (árabe as-soq , mercado, feira). Para além da denominação, tem cartazes com os cortes das carnes em brasileiro  (fraldinha, maminha, filé, etc.). Considero-o um ponto de leitura obrigatória nas minhas idas e vindas.  Isto não vem na Monocle.