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Observações avulsas sobre a boavista #21

As ervas daninhas crescem no parque de estacionamento da Fartech. Isto quer dizer que os trabalhadores continuam em casa. Num futuro próximo poderá ser uma metáfora da queda subtil de um unicórnio inverossímil  escrita nas páginas de um semanário de economia por um jornalista influenciado pelas imagens bucólicas da China toda poderosa.

Casa & Jardim

Varanda pequena, virada ao sul. As plantas demoram a adaptar-se ao calor excessivo. Já apareceram ervas daninhas — é bom sinal. Num dos vasos cresceu um caule tenro com ramificações; dá-me pelo ombro. A minha ambição é desmedida: um matagal.

Hã? A eternidade.

Com a idade o mundo exterior começa a diminuir. Parece que tudo se torna mais pequeno, menos importante. Em sentido contrário, um outro mundo não pára de crescer dentro de nós, sem barreiras temporais, o passado completamente enredado no futuro. Tão diferente da cena final do 2001 — nem simetria, nem obras de arte, nem monólito. É mais como um campo de ervas daninhas para onde se atira um cadáver.