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Quelque chose entre

Como uma godardiana sindicalizada, preparei-me para a sessão e, em vez de dupla, foi uma santa trindade: Une bonne à tout faire  (em casa) , Passion e Scénario du film Passion  (em Serralves) . — Est-ce que la vie n’a pas à voir avec cette Sainte Trinité : l’amour le travail et quelque chose entre les deux ?  E ainda, em vez de apresentações e moderações institucionais   (porque é que esta gente tem sempre o aspecto de terem  « comprado tudo o que havia de Ludwig Wittgenstein, para se ocuparem de Ludwig  Wittgenstein  nos próximos tempos» ?) , ideias vagas, as imagens reais antes das histórias: o avião em linha oblíqua sobre o jardim, os gritos das pegas rabudas, a menina da limpeza a subir as escadas com esfregonas e um balde azul, a menina da bilheteira a fazer jogos comigo, o portão fechado à saída. Basta traçar um risco.  C’est ça, la passion pour Godard .

Tinha paixão

Morreu o Jorge Silva Melo. Não há biblioteca em Portugal, pequena, grande, pública ou privada, que não tenha pelo menos um livro escrito, traduzido, editado ou prefaciado por ele. E são todos importantes. Depois, há ainda o teatro e o cinema, que no seu caso também começam e acabam nos livros. Tinha setenta e três anos. E tinha paixão.

Jejum e paixão

Pelos sintomas, não estou certa se Bradley está apaixonado por Julian ou apenas alterado por não comer nada durante tanto tempo. Este jejum espontâneo — que Iris Murdoch faz questão de realçar — aproxima-o dos místicos e das suas paixões exacerbadas.  Murdoch não dá ponto sem nó — deve ser por isso que gosto tanto dela.