“O algoritmo tenta sempre procurar algo um pouco mais controverso em relação ao que você pesquisou, de maneira que as sugestões que ele te mostra são invariavelmente mais radicalizadas com a intenção de te prender na plataforma”, explica Marco Bastos, professor associado do departamento de Sociologia da City, Universidade de Londres. De uma busca inicial por um discurso de Donald Trump, por exemplo, em poucos cliques é possível cair em um vídeo de conteúdo neonazi. Revista Cult . Três variações ainda mais radicais do algoritmo a) De uma busca inicial por um livro de José Rodrigues dos Santos, por exemplo, em poucos cliques é possível cair num vídeo sobre Dostoiévski. b) De uma busca inicial por uma novela da TVI, por exemplo, em poucos cliques é possível cair num vídeo sobre Béla Tarr. c) De uma busca inicial pelo último disco dos Xutos, por exemplo, em poucos cliques é possível cair num vídeo sobre Karlheinz Stockhausen.
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral