A câmara fixa uma fotografia pendurada na parede. A fotografia mostra um homem a segurar desesperadamente uma árvore que está prestes a cair. Podia ser Bergman, Tarkovski, mas é outra coisa. A câmara desvia-se da fotografia, baixa e revela a mão de um homem a segurar uma esferográfica. O homem está sentado em frente a uma mesa de cozinha, a escrever um poema num caderno de linhas. É aqui que o filme começa.
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral