Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens com a etiqueta Rainer Werner Fassbinder

O medo devora tudo

Fomos rever O Medo Come a Alma , de Fassbinder. Não é uma obra de ficção criada em 1973, mas um comentário sobre Portugal e a Europa, em Março de 2024. Numa entrevista a Hans Günther Pflaum (Fevereiro de 1974), e a propósito deste filme, Fassbinder diz: «Mais cedo ou mais tarde, os filmes devem deixar de ser filmes, deixar de ser histórias, para se tornarem reais.»

Três filmes

Por razões práticas, fui rever Da Vida das Marionetas , de Bergman (1980). O que une este filme a Warum läuft Herr R. Amok? , de Fassbinder (1970), e Jeanne Dielman , de Akerman (1975), é muito mais do que um ténue fio agitado pelo ar daqueles tempos. (Escrevo «ar daqueles tempos» para facilitar.) O que os une é uma corda de aço.

Influenciadores do século XX

 

Portas

Em «O casamento de Maria Braun» há várias sequências em que a personagem de Hanna Schygulla revisita o que resta dos locais onde tinha vivido antes dos bombardeamentos da Segunda Guerra. Numa dessas sequências, a câmara foca-se numa porta fechada e solitária, que escapou à derrocada parcial de um prédio. Lembro-me de ter visto portas e janelas parecidas em prédios e casas em ruínas, no Porto. Há uns anos, existia um edifício em Miguel Bombarda, que tinha caído durante um Inverno mais tempestuoso. Lá estava a porta fechada e suspensa no ar. O que haverá atrás dessas portas? Se abríssemos a porta do filme de Fassbinder víamos a Rua Miguel Bombarda? E se tivéssemos saído pela porta de Miguel Bombarda, teríamos entrado no filme de Fassbinder?