Este ano, a feira do livro tem regras muito precisas. Os leitores devem seguir um percurso previamente estabelecido, avançando sempre pela direita, de forma ordenada, e evitando, tanto quanto possível, permanecer demasiado tempo no mesmo lugar. Faz lembrar aqueles romances muito bem delineados, com princípio, meio e fim, personagens sólidos como o cimento, um «plot» — como sói dizer-se —, impecável, tudo perfeito, tudo plano, tudo insípido, sem imaginação. Como uma doença que nunca nos abandona.
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral