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A mostrar mensagens com a etiqueta Konstantinos Kaváfis

FIM

(1911) Tomados de temor e de suspeitas, transtornada a mente e os olhos aterrados, nos consumimos e planeamos que fazer para escaparmos ao seguro perigo tão atroz que se aproxima. Mas, erro nosso, não é isso que aí vem. Eram mentiras as notícias (ou não as ouvimos ou entendemos mal). Outra desgraça que não suspeitámos, súbita, fulminante, se abate sobre nós, e indefesos – já não há tempo – nos apanha. Konstantinos Kaváfis 145 Poemas, tradução de Manuel Resende, edição FLOP. 

INTERRUPÇÃO

(1901) O trabalho dos deuses nós o interrompemos, abruptos e inexperientes seres do momento. Nos palácios de Elêusis e Ftia, Deméter e Tétis empreendem boas obras em meio de enormes chamas e fumo denso. Mas sempre surge Metanira dos quartos reais, desgrenhada e aterrada, e sempre Peleu se assusta e intervém. Konstantinos Kaváfis 145 Poemas, tradução de Manuel Resende, edição FLOP.