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A Ilha dos Amores

Hoje, no Público, Augusto M. Seabra escreve: É imperioso e de absoluta urgência ir ver em sala A Ilha dos Amores porque só o ecrã grande permite apreender a imensidão do filme. O DVD e as plataformas ficam para as revisões.   Falámos disto em Coimbra. É o tema cinéfilo por excelência. Creio, aliás, que a influência grega de filos começa aí: a afeição precisa de contacto corpo a corpo, tensão física, um vínculo sensorial que só se concretiza plenamente numa sala escura e com uma tela grande. Este era o meu primeiro — deveria, talvez, dizer antigo? — raciocínio.  Na contramão, Osvaldo Silvestre referiu e defendeu o exemplo do aluno de Armamar que se relaciona com o cinema noutra escala, que nunca viu um filme projectado numa sala dedicada à função. Na altura, e apesar de à partida e em todos os cenários aceitar qualquer tipo de relação, reduzi-a a uma actividade intelectual de olhos, ouvidos e cérebro, logo empobrecedora. Porém, aos poucos começo a dar-me conta que pode ser ainda: uma

Cinefilia

Arroz de pato do Manuel Alves, salada, dois copos de Syrah do Tiago Cabaço, uma tangerina, café.  Acho que estou pronta para o filme do Hong Sang-soo.  Daqui até ao Trindade são dois quilómetros e meio.  Vou pelo sol.