Há três dias que, como certos personagens de Roberto Arlt , me faço de morto. Talvez mais. Não, não é «talvez mais»: faço-me fervorosamente de morto há muitos dias. Não funciona. Sou tão inábil na nobre arte de fingir-se morto que não mereço sequer uma nota marginal entre os personagens secundários de Roberto Arlt.
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral