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Campo 24 de Agosto

( Minoria )  Quinze ou vinte pessoas, quase só homens, a preparar a manifestação junto ao edifício da junta de freguesia do Bonfim.* Dois cartazes com frases estúpidas.  Seis polícias espalhados aos pares a conversar descontraidamente.   ( Maioria )  Na frutaria, uma fila enorme e pacífica de portugueses e imigrantes.  Imensas tangerinas doces. * Segundo o JN, a manifestação reuniu cerca de 30 pessoas .

Observações avulsas sobre o bonfim #67

Ao chegar ao Batalha por volta das cinco e meia, passaram por mim três homens a falar alto. Um deles disse: então andavam para aí com martelos e ferros e nós havíamos de nos ficar? Foi muito bem feito. Que vão para a terra deles. Parei e fiquei a olhar. Eles saíram de campo e então vi, em frente à Igreja de Santo Ildefonso, os polícias do Corpo de Intervenção destacados para o cortejo da Queima das Fitas.

Mutualismo

Roman, o meu vizinho russo que fugiu da guerra e vive no 4° andar, ofereceu-nos chocolates na Páscoa. Em troca, ofereci-lhe as Memórias Póstumas de Brás Cubas — para ele treinar o português. 

Observações avulsas sobre o bonfim #51

Nas freguesias mais orientais há cada vez mais imigrantes. Cruzo-me com eles no metro e autocarros, supermercados e ruas. Não têm muito dinheiro — nota-se —; são novos e bonitos. É o Porto cosmopolita que não vem nas revistas e o resto da cidade desconhece. Talvez tragam com eles a mudança necessária.