A maior parte das vezes não respeito as intenções. Ontem saí de casa a pensar n’ O sino de Iris Murdoch mas, ao passar pelas novidades da biblioteca, não resisti ao Henry James e a um livro que se chama “Pequenos fogos em todo o lado” de Celeste Ng. A capa reproduz uma fotografia aérea de uma zona de casas, árvores, ruas secundárias, grandes avenidas, urbanizada com esquadro e muitas regras e isso agradou-me, assim como os textos comerciais de abertura sobre Shaker Heights ( era uma cidade construída para carros e para pessoas que tinham carros ) e o apelido Ng da autora (lê-se “ing”). Deixei a Maisie em lugar visível para me provocar e avancei para os pequenos fogos. Logo desde o início, pareceu-me tudo muito previsível e regrado, isto é, apesar de Mia ou até por causa de Mia (a personagem que traz os desastres) o romance sofre um bocado do mal que pretende examinar. Agora estou a meio e percebo que o problema maior é que o livro, mesmo antes de ser adaptado à televisão, já utiliz
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral