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Coisas espirituosas

Agradeço as ligações que fizeram aos textos sobre a Cristina Bartleby, o efeito foi tremendo (segundo as estatísticas da blogger, o facebook é mesmo a China das redes sociais). Para além da questão ética, chateia-me muito: o modo como a CB ajavarda tudo em que toca, a lata de chamar àquilo poesia (já basta a luta contra a linguagem poética , florzinhas, pôr do sol e outras fancarias), a cegueira de quem publica à toa. Feita a denúncia pública, agora é deixar o fenómeno definhar naturalmente. O que falhou nesta operação? Se tivéssemos colocado uns anúncios da google neste Bicho Ruim, podíamos estar (eu e o Rui) numa esplanada, de óculos escuros, a esbanjar o dinheiro arrecadado (não em ponchas mas, sem dúvida) em coisas espirituosas enquanto esperamos o raio verde.

O caso fraudulento da Cristina Bartleby (parte 2)

No seu currículo decalcado, CB refere a edição de um livro anterior — de autor, diz ela. Chama-se "Pequenos Naufrágios", pode ser visto na íntegra aqui  e, assinale-se a lata, tem direitos de autor reservados ©. Seria muito fastidioso apontar a origem de todos os textos (há versos de Teixeira de Pascoaes, Primo Levi, Ruy Cinatti, Carl Sandburg, Cesariny, Vasco Graça Moura, Leonard Cohen, José Afonso, inúmeros poemas traduzidos por Luís Filipe Parrado no blogue Do trapézio, sem rede , outros publicados por Rui Almeida no Poesia distribuída na rua ) por isso apresento apenas cinco exemplos já com os links para a origem, linha a linha. Escolhi estes mas poderia ser qualquer um dos 14 textos, todos seguem este método: 1. As falsas promessas, os amigos fingidos e o gerente oferece-lhe um jogo de frigideiras pelo seu aniversário Era um desses dias em que tudo corre bem Não serás a última,  velha rameira da noite No entanto também a morte poderia também ser assim (ao

O caso fraudulento da Cristina Bartleby (parte 1)

Apercebi-me do caso da Cristina Bartleby (na verdade chama-se Cristina Freitas Branco, embora também já tenha assinado com o nome intermédio Luísa Freitas ou até com as iniciais clrfb) em 2014. Na altura investiguei um pouco e verifiquei que os textos que ela publicava  — por todo o lado e em grande quantidade — era corta e cola quase automático, sem itálicos, sem referências, sem links, sem nada. A Cristina Bartleby não trabalha sobre citações, não se dá à canseira de estabelecer variações ou montagens (nem tem estaleca para tal), apropria-se de modo atabalhoado e indevido de frases. Como um glutão, engole o que os outros escrevem, mistura e depois regurgita fiapos disto e daquilo sem qualquer coesão interna nem deriva total — é mesmo só um vómito. Como copia principalmente da internet, não é difícil encontrar a fonte, basta pegar numa frase curta, colocá-la entre aspas no google e a maior parte das vezes vai dar a arquivos de blogues. Para despistar, ela muda uma ou outra palavra,