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A mostrar mensagens com a etiqueta lay off

Condições de vida

Ao lutar pelo pagamento dos salários a 100% para os trabalhadores que estão em lay off ou retoma progressiva de actividade, o Partido Comunista melhorou as minhas condições de vida. Posso ligar o aquecedor mais tempo, comprar um vinho melhor e até, de vez em quando, comer bife do lombo. Assim, e sem o saber, o PCP transformou-se no patrocinador oficial das minhas traduções de Cioran até junho.  Merci, camarades!

Perdeu o seu emprego durante o último ano?

Recebi um email do jornal Público sobre a oferta de 2500 assinaturas digitais para desempregados.  Não sei se é um presságio.  Depois do lay off entrei e continuo ainda no apoio extraordinário à retoma progressiva de actividade que é o eufemismo pomposo para pré-desemprego — esse maravilhoso limbo onde ganhamos tempo para leituras.

Lições da Finlândia

Pratico o distanciamento social há muito tempo por isso a pandemia pouco alterou as minhas rotinas. A única coisa que mudou é do foro matemático: estou há quarenta dias sem trabalhar, ganho menos de seiscentos euros por mês. Sinto-me uma cobaia num laboratório social para “estudo da introdução do rendimento básico incondicional”. Como se pode comprovar pela imagem em anexo, a  experiência está a correr bem.

Primeiro dia de lay off

Nunca liguei muito ao carro. Sempre utilizei os transportes públicos para ir trabalhar. Agora o meu carro transformou-se num instrumento de libertação de fronteiras. Nota: o relógio da Estação de São Bento ainda está pela hora antiga.

Um mundo de acordo com os nossos desejos

Há muitas maneiras de traduzir lay off . As que mais me agradam são “deslargar”, “descartar” e “desamparar” — como na frase “desampara-me a loja”. Como quem enxota uma mosca. É preciso o máximo de informalidade na tradução para desmontar a hipocrisia dos actos empresariais. Só assim conseguiremos agir de acordo com os nossos desejos. Não esperem gratidão.