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O resto já devem conhecer do cinema

Uma rapariga fenícia diz: «DIZ!» Outra rapariga diz: «Eu disse diz » A guardiã diz: «Eu disse que tenho estado à espera.» Antígona diz: «Eu disse tenho razão ou não tenho?» Polinices diz: «EU TENHO o controlo.» Jocasta diz: «Eu disse deixem-me falar!» Etéocles diz: «Eu disse mamã - anda - vamos embora.» Tirésias diz: «Eu disse fala comigo. Não estou aqui para brincar.» Creonte diz: «Eu disse para largares a mão do teu pai.» O que leva os personagens de Martin Crimp a repetirem uma e outra vez as palavras «eu disse» ou «diz», forçando por vezes o imperativo com maiúsculas? É uma simples manifestação de força e autoridade? São os clássicos a lembrarem-nos o poder que lhes foi conferido pelos deuses? Que lhes devemos respeito? Ou será outra coisa? Uma espécie de pedido desesperado de atenção? Uma necessidade urgente de provarem a si mesmos, e a nós espectadores, que existem, que estão vivos e fazem parte do nosso mundo? Que não são apenas o sonho de um dramaturgo? Ou será antes, muito