Há uma história da Laurie Anderson sobre Thomas Pynchon muito engraçada. Ela queria fazer uma ópera baseada em Gravity’s Rainbow. Ele concordou, desde que a peça fosse escrita apenas para banjo. Parece uma história zen — quer dizer, tem o mesmo tipo de humor e leveza. Para além do divertimento de juntar Laurie Anderson e banjo na mesma circunstância, o raciocínio de Pynchon com recurso a locução subordinativa condicional é muito útil. Por exemplo, esta vontade das entidades patronais medirem a temperatura dos trabalhadores. Porque não? Desde que seja no cu.
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral