Aquele homem de Torre Bela que discute a posse a enxada, é mais ou menos a figura que estamos todos a fazer perante o desastre que se desenrola à nossa frente. É pior ainda, creio, porque esse homem, apesar de não conseguir imaginar o uso comunitário de uma ferramenta, sabia alguma coisa sobre as nossas tendências mais torpes e agia em conformidade. E nós? Nós apenas não aceitamos ser menos javardos e egoístas.
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral