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A Barcelona

Retrospectiva i cartablanca a Paulino Viota:   Las ferias,  José Luis,   Tiempo de busca, Fin de un invierno,  Duración, Contactos,  Con uñas y dientes,  Cuerpo a cuerpo,  (P. Viota) Der Bräutigam, die Komödiantin und der Zuhälter  (Danièlle Huillet i Jean-Marie Straub) Staroie i novoe (S. Eisenstein) Hatari! (Howard Hawks) The Sun Shines Bright (John Ford) Roma (F. Fellini) Bande à part (Jean-Luc Godard)

A vida é uma festa, vamos vivê-la!

Fellini Oito e Meio , de novo. Aquela nave espacial desconchavada a apontar para o céu, espécie de arca de noé para «salvar a humanidade da bomba atómica». O mago com a varinha mágica, que muda o rumo dos acontecimentos, segundo os caprichos do sonho e da imaginação. O realizador que não consegue filmar, não porque lhe faltem ideias, mas porque resiste a fazer um filme ditado por outros. O cidadão que recusa a corda que lhe atam ao pé e que o impede de andar entre as nuvens.  «A vida é uma festa» e o cineasta quer vivê-la com todos e em liberdade.  Desta vez, não consegui ver o filme sem pensar na vida depois de 10 de Março.

Picar o ponto

«A vida é uma festa, vamos vivê-la juntos», repetiu Guido Anselmi, ontem à noite, em Oito e meio . Depois, o filme acabou, saímos do cinema e regressámos a casa. Esta manhã, entrei ao serviço às nove em ponto e a sensação foi a de que tinha mordido um prego. «A vida é uma festa.» Talvez ainda tenha de morder muitos pregos até aceitar esta verdade felliniana, sem fazer perguntas.

Orelha

À terceira, percebo que a orelha cortada de Van Gogh é a mesma que aparece no Amarcord, caída do céu, ninguém sabe como nem porquê.