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A mostrar mensagens com a etiqueta Jornais

Dos jornais XXVI

Dos jornais XXIV

Numa reportagem de um canal de televisão, um homem disse que o que falta aos políticos é imaginação. Já passaram uns dias, mas são essas palavras e não outras que ressoam na minha cabeça.

Dos jornais XXIII

«Ontem de manhã, dia de eleições, fui repescar uma grandiosa frase de Salgueiro Maia que devia estar escrita na pedra. Numa altura em que, no País, se questionava se o povo tinha instrução e capacidade de fazer as suas escolhas nas primeiras eleições livres para a Assembleia Constituinte, o Capitão de Abril veio, numa rara entrevista em 1974, simultaneamente afastar partidarismos e resumir ao que vinha. “Não há limites para as possibilidades de opção, e se o povo quiser ir para o inferno, é para o inferno que iremos”, disse ao Expresso. (...)» Mafalda Anjos, CNN.

Dos jornais XXII

Como ele refere num dos capítulos decisivos do seu livro de crónicas, “controlar a opinião pública é um factor essencial ao exercício do poder em sociedades liberais”, só existindo liberalismo com a opinião pública controlada. “Parece um paradoxo, mas não é. O poder das sociedades liberais assenta no lucro e na sua acumulação. É mais rentável perder dinheiro numa cadeia de televisões e jornais do que pagar a um sistema repressivo com juízes, polícias e prisões. A ilusão da bondade de um Estado de Direito é o mais eficaz e agradável sistema de controlo da sociedade .” Carlos de Matos Gomes — O capitão de Abril que não desarmou, por Diogo Vaz Pinto. Sol.

Dos jornais XXI

Dos jornais XX

O parágrafo sobre ter sorte com as mulheres e ficar eufórico a discutir poesia é muito divertido. Para além do tom de farsa, termina com uma imagem poderosa: a mão (sorrateira?) pousada na perna . Com a camisola certa, podia ser uma cena de filme.

Dos jornais XIX

Quando o primeiro-ministro Luís Montenegro diz que «não fez nem mais nem menos do que faz qualquer português» , está a colocar-se ao balcão do café central a piscar o olho à portugalidade . Por mais piruetas que as agências de comunicação façam, é esse rosto de chico-esperto que vai ser impresso nos cartazes.

Dos jornais XVII

Esta imagem de Zelensky na Sala Oval está tão saturada de significados que impressiona e prende a nossa atenção. Ali está o presidente ucraniano, um corpo em linhas rectas — tenso, isolado, de mãos atadas —, a olhar directamente para nós. Com o seu fato discreto de luta (ou luto?), parece um herói rohmeriano perdido num cenário de televisão demasiado dourado e demasiado iluminado (demasiado louco?), impedido de falar, impedido (ele e tanta gente) de levar a sua vida vulgar .

Dos jornais XVI

As políticas de responsabilidade social são o cúmulo da hipocrisia empresarial. Concebidas pelos gabinetes de marketing, o seu objectivo é transformar uma ideia vazia num grande feito. Hoje, no metro vi uns cartazes de recrutamento do Auchan. Criaram uma narrativa de sucesso plastificada (o actual CEO começou a sua carreira como estagiário) e chaparam-lhe a palavra respect em cima. Em vez de contar histórias indecentes, deviam era  tratar os trabalhadores com justiça .

Dos jornais XV

(...) I learned something new about animal behavior last week, and it seems really timely. A reindeer cyclone is when a herd of reindeer facing a predator put the calves in the center and whirl around fast, making it difficult to impossible for the predator to pick off one reindeer. The more of us who speak up the harder it will be to persecute any single person who says trans rights are human rights or what’s being done to immigrants is terrorism. It’s not the only example from the animals. When threatened, musk oxen likewise circle up, facing outward with their huge horns, calves again in the middle of the ring.  Some say that murmurations – those beautiful flights of thousands of starlings undulating and pulsating as they whirl through the sky together – create flocks that are hard for predators to attack. There’s safety in numbers, which is why a lot of prey animals move in herds and flocks and schools. For those who dissent from what this new administration intends to do, we m...

Dos jornais XIV

A imagem de um deputado a andar pela Assembleia da República com uma mala gigante cheia de malas mais pequenas é grotesca. Parece Marnie filmada pelos irmãos Marx. Ou um filme marado da Looney Tunes.

Dos jornais XIII

Luísa Ferreira da Silva tem 65 anos e uma banca de charcutarias. Trabalha no Bolhão desde os 10. “Já a minha avó cozinhava aqui as tripas.” Não contesta a decisão da ASAE. Apenas que essa decisão a obrigue a atravessar o Bolhão com quilos de carnes. “Quem eu critico são as pessoas que não me dão condições para poder cozinhar.” Conta o dia a dia: “Carrego as carnes num carro de mão até às cozinhas, que são no lado oposto ao da minha banca. Tenho de subir escadas até ao andar de cima e até as cozinhas não têm condições. E depois dizem aquelas pessoas que não querem acabar com as tripas. Querem e querem correr connosco”, concluiu, secundada por Fernanda, 76 anos, outra das resistentes. “É cruel o que nos estão a fazer. ”   Luísa descreve:  “ Aqui só cheira a massas a cozer e a queijos derretidos. A estrugido, a fritos nas Air Fryer. Tudo é permitido, menos as nossas tripas. ”

Dos jornais IX

"Começaram a mandar o pessoal sair por fases, a partir das 10 horas, porque estava previsto juntarmo-nos em massa no final do turno. Mandaram embora mais cedo para nos dispersarem. Entretanto um grupo pendurou as batas e, passado um bocado, o porteiro veio recolhê-las. Sentimos que foi uma falta de respeito recolherem assim as batas”, contou Catarina Almeida, de 43 anos, adiantando que já ontem as tinham "tentado demover da ideia" de pendurarem as batas, "para passarem em branco”.

Dos jornais VII