No noticiário da rádio, ouço um tipo a comentar as últimas informações sobre a possível transferência do treinador do Benfica para o Flamengo, do Brasil. O tipo não se cansa de repetir que «tudo isto é surreal». «É uma história surrealista!» «É surreal!» «É surreal!» Como é que se chegou aqui? Como é que uma palavra de fogo se transformou numa coisa desprovida de peso e significado, usada apenas para embrulhar conversa fiada, frases balofas, peixe podre?
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral