Nada acrescento ao que dizem os cronistas. A crónica diz: ele perde a mão, cortam-lhe a outra mão, segura o estandarte com a boca. É capturado. A crónica não diz se ele disse ai!, se sofreu, se chorou. Não fornece anotação emocional. Então eu também não a ponho, porque não está lá. Todos os actos históricos no filme vêm das palavras dos cronistas. Manoel de Oliveira, a propósito de Non, ou a vã glória de mandar.
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral