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A mão de Alexandre

A aproximação da morte faz com que as grandezas terrenas nos inspirem comiseração – até o ambicioso ela desengana. Dizem que, sentindo-se morrer, Alexandre, que em vida a si mesmo oferecia hecatombes de povos inteiros, que abalava com hostes de soldados para dar caça aos ceptros e às coroas, ordenou que o sepultassem com a mão fora da cova, a fim de que cada pessoa ao passar pudesse, ao ver aquela mão vazia, calcular o que lhe restava das suas conquistas e o que se leva para o túmulo dos tesouros deste mundo. Lição perdida! Nadir e Gengis Khan não passaram por lá. Um único conquistador, aquele que troça de todos os outros, apenas o Tempo pôde vê-la e não a respeitou. Ao ceifar Babel e outras ervas daninhas do género, pisou a mão de Alexandre. Jules Lefèvre-Deumier, Embriagai-vos | Antologia de poemas em prosa de autores franceses . Tradução de Regina Guimarães. Em co-edição até 11 de Outubro. Para ser co-editor é só seguir o link.