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Observações avulsas sobre o bonfim #76

O partido e a coligação que podem ganhar a presidência da câmara já fixaram os últimos cartazes da campanha no Campo 24 de Agosto. Vêm de um tempo futuro hipotético para além dos indecisos e das sondagens e seguem as mesmas regras de comunicação: já não se trata de mais um candidato, mas do «novo presidente» ou «presidente à moda do Porto» investido do desejado poder. Os dois afirmam assertivamente: Ganhamos! No entanto, em termos simbólicos nem tudo são vitórias. O cartaz de Pizarro é vulgar, mas pelo menos nele reconhecemos o homem (mais ou menos descontraído, em plano americano) e não formas geométricas como no início. Pelo contrário, Pedro Duarte fez o caminho inverso e transformou-se numa verdadeira imagem de banco – parece um protótipo de presidente de câmara, incaracterístico e demasiado pós-produzido, pronto para uma série da Netflix. 

Falhar pior

Todos os dias quando passo na estação Estádio do Mar vejo o cartaz: «Eles falham há 50 anos. Dêem-me uma oportunidade». E fico sempre admirada com a capacidade contorcionista da linguagem dizer a verdade.
Os cartazes de Cidade Rabat ao longo da linha do metro abrem uma brecha na realidade. Às vezes, o cinema começa antes do cinema.