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Poema do saco cheio

“Rei dos frangos” /  guardava fortuna /  em saco do Pingo Doce. Foi preciso alterar a forma para enfrentar este título (é uma avalanche de informação; submerge qualquer pensamento, submerge tudo). Posto em três linhas, até parece um poema da Adília Lopes. Pelo menos já posso rir.

Realidade aumentada

A primeira vez que lavei os ouvidos e entrei num café logo a seguir, ouvi um barulho intenso de talheres, vidro, vapor, o som seco do manípulo da máquina de café — é mais ou menos isso que sinto quando leio os contos de George Saunders.