Há no Cemitério da Lapa um grande anjo que se vê da Rua Antero de Quental. Eleva-se acima do muro alto, pousado no telhado de um mausoléu e com o braço direito erguido para o céu. Na verdade, o anjo segurava qualquer coisa que entretanto desapareceu. Talvez um estandarte, uma luz, uma espada talvez. O anjo parece estar sempre amuado, a cismar naquilo.
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral