— Quer-me parecer — disse ele — que a senhora Greenfield é aquilo a que popularmente se chama uma cabra. Tenho muita pena de te dizer isto, mas é preciso que nos habituemos a chamar os bois pelos nomes. Só podem resultar sarilhos intermináveis se não o fizermos. — Tu dizes que não ouviste barulho nenhum durante a noite? — perguntou Michael. — Absolutamente nada. Mas ultimamente tenho andado tão cansado que durmo como um porco. Nem a trombeta do Juízo Final me acordaria; teriam de mandar cá abaixo um mensageiro especial. O Sino, Iris Murdoch, Relógio d’Água, julho de 2016, páginas 229 e 230
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral