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«A família do cinema»

Quando se fala da família de actores de Ford, não é bem no sentido literal, de sangue; trata-se um conjunto de actores queridos ao cineasta que passam de filme para filme e transportam um fascínio que se poderia classificar de metacinematográfico. Como John Ford é avesso a esses conceitos académicos, talvez seja mais justo dizer que é uma comunidade (com tantos irlandeses à mistura!) que, após uma breve cisma e alguma insistência, nos abre a porta, aperta-nos a mão e oferece-nos um copo. Por um momento (graça das graças), o espaço entre dentro e fora do filme anula-se, estamos todos no mesmo plano, somos todos espíritos de carne e osso. Mas na sequência no bar d' O Homem Tranquilo em que Sean ganha a confiança da gente de Innisfree quando esclarece quem é, quem foi o seu pai e, acima de tudo, quem foi o seu avô ( his grandfather over grand man he was, was hung in Australia ) — a família é mesmo família. O velho que o ouve é Francis Ford, o irmão mais velho que o levou para o ci...

O tédio

O que mais impressiona nestes novos e velhos defensores dos chamados «valores da Identidade e da Família» é a sua entrega passiva ao tédio. Ao tédio mais absoluto. Uma entrega sem luta, sem revolta, voluntária, apática. Na verdade, têm horror à vida.

Larvar, dissolvente

É uma partida do inconsciente, muitas vezes quando parece que estamos a falar dos outros, é precisamente de nós mesmos que falamos. No texto de introdução do livro Identidade e Família , basta substituir uma palavra para este parágrafo se tornar um espelho elucidativo dos seus autores: «Não podemos desvalorizar os adversários da família democracia, umas vezes mais à luz do dia, outras vezes de um modo mais subtil e larvar, mas nem por isso menos dissolvente.»

Família

Leio no jornal que Alfred Brendel estudou piano com Ludovica von Kaan, que tinha sido aluna de Bernhard Stavenhagen, que, por sua vez, tinha aprendido com Franz Liszt. Eis a mais estranha descrição de um jazigo de família, num cemitério de Viena.