Aguento horas e horas sem dizer uma palavra. Quando era miúda, a minha avó perguntava-me, na brincadeira, se estava viva ou morta. Eu ficava ainda mais quieta e calada; depois desatávamos as duas a rir. Às vezes, para espairecer, preciso de repetir esta cena — agora desempenho os dois papéis.
de Cristina Fernandes e Rui Manuel Amaral