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A mostrar mensagens com a etiqueta As Harmonias de Werckmeister

A baleia empalhada

«Um filme não é verdadeiramente bom senão quando a câmara é um olho na cabeça do poeta. Os distribuidores, naturalmente, estão todos de acordo em que os poetas não fazem vender lugares. Não adivinham de quem nos vem a própria linguagem do cinema. Sem poetas, o vocabulário do filme seria demasiado limitado para agradar ao público. O equivalente a uma tagarelice de crianças não faria venderem-se muitos lugares. Se o cinema não tivesse nunca sido amoldado pela poesia, teria permanecido como simples curiosidade mecânica e seria ocasionalmente exibido como uma baleia empalhada.» Orson Welles, 1958. Tradução de Luísa Ducla Soares. Béla Tarr, As Harmonias de Werckmeister , 2001.