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A mostrar mensagens com a etiqueta Poetas

A lado nenhum. Nada a perder.

Aquele que nunca estudou os poetas ignora o que é a irresponsabilidade e o desleixo mental. Sempre que os frequentamos, sentimos que tudo é permitido. Não prestando contas a ninguém (excepto a si mesmos), eles não vão — nem querem ir — a lado nenhum. Compreendê-los é uma grande maldição, pois eles ensinam-nos a não ter mais nada a perder. Lágrimas e Santos, Emil Cioran (tradução a partir da versão francesa).
Juiz: De modo geral, qual é a sua especialidade? Brodsky: Eu sou poeta. Poeta-tradutor. Juiz: Quem decidiu que o senhor era poeta? Quem o classificou entre os poetas? Brodsky: Ninguém. ( Sem qualquer desafio ) E quem me classificou no gênero humano? Juiz:  E o senhor estudou com tal objetivo? Brodsky: Qual objetivo? Juiz: De se tornar poeta. Não tentou fazer os estudos superiores para se preparar… para aprender… Brodsky: Eu não pensava que seria possível aprender isso. Juiz: Como se tornar poeta, então? Brodsky: Penso que… ( Desconcertado ) … é um dom de Deus… Juiz: O senhor deseja apresentar alguma demanda ao tribunal? Brodsky: Adoraria saber por que fui preso. ... Parte do processo de Joseph Brodsky, traduzido por Guilherme Gontijo Flores, para ler aqui .

A imaginação dos poetas

O prazer sexual só foi objecto de uma experimentação e de uma descrição sistemática com o Marquês de Sade, fonte de classificação médica mas motivo de escândalo duradouro. A sua biografia prova todavia que o avanço do pensamento científico não se deve menos à imaginação dos poetas do que à investigação em laboratório. Pois o que é difícil de resolver e ultrapassar não são tanto as dificuldades materiais mas antes as barreiras mentais. Saguenail, O acaso abolido .