No Largo de Mompilher, junto à esplanada do Candelabro, resta ainda uma cabina telefónica de estilo inglês. Os turistas que passam, sorriem como se reconhecessem um velho parente desaparecido, tiram fotografias com o telemóvel e seguem caminho. De vez em quando, um turista entra na cabina, tira o telefone do descanso e faz uma pose como se estivesse numa chamada. Do outro lado da linha, imagino um fantasma cansado, que repete, lenta e vagamente: — É engano. Ligou para o número errado.