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Uma outra beleza

Sangok conta ao realizador que pensou matar-se quando tinha 17 anos e só não o fez porque viu clara e inesperadamente a beleza dos rostos das pessoas na praça junto à estação de Seul. — É uma definição perfeita de epifania. No decorrer do filme há uma interpretação discreta dessa revelação quando a mulher que tira a fotografia reconhece Sangok e fica admirada com a sua beleza intacta. Também ela é tocada directamente no coração por qualquer coisa. A cena entre a miúda e a amiga da mãe que a acolhe na Alemanha em  Apresentação — em termos narrativos, muito diferente de Perante o teu rosto   — é semelhante. Descobrir a beleza dos rostos dos outros, e assim atingir um pouco a essência da vida, é um grande feito. Mas, para que tal aconteça, é necessário engendrar um novo conceito de beleza não subjugado às convenções vigentes e aborrecidas. É preciso pôr em prática uma pequena revolução (também no sentido: marcha circular de um corpo celeste no espaço, em torno de um outro ). Para nossa

Um limão

Passagem de uma entrevista de Luis Camnitzer ao jornal Público : Qual é o lugar da beleza? Para mim, beleza é mediocridade. Acredita mesmo nisso? Sim. A beleza é baseada numa média. (...) É uma generalização e não permite as singularidades. Nesse sentido, é medíocre, porque é uma média. Não há nada que nos perturbe quando vemos uma coisa bonita. Lembrei-me de um limão “defeituoso”, que colhi este fim-de-semana, na aldeia dos meus pais. O mais belo fruto que o velho limoeiro produziu este ano.