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Sala de espera

Segunda dose da vacina. Enquanto aguardo a minha vez, ocorre-me que a sala de espera é uma metáfora possível destes quinze ou dezasseis meses (já perdi a conta) de pandemia. O nosso pequeno mundo — a casa, as ruas, a cidade — converteu-se numa sala de espera. Mas temos estado verdadeiramente à espera de quê? O que há do outro lado da porta? Queremos mesmo saber?

O mistério

Um manto de silêncio abateu-se sobre os supostos avanços na produção de uma vacina. Há semanas que não há notícias relevantes sobre o assunto. Mil laboratórios numa roda-viva. E, no entanto, o vírus continua sem revelar o seu segredo. O mistério recuperou o seu lugar no mundo. O mistério que nos perturba tão profundamente e que é tão humano como a crença no poder da ciência. É tudo tão velho e tão novo ao mesmo tempo.

Máquina

Em «Paris qui dort», René Clair imaginou a história de um cientista louco que inventou uma máquina capaz de parar o mundo, congelando-o como num fotograma. Ao longo do filme, o mundo pára, pula e avança várias vezes, segundo as circunstâncias e os caprichos dos personagens. Neste momento, há centenas de laboratórios em todo o mundo, cheios de cientistas loucos à procura de uma máquina de fazer vacinas. Falta, no entanto, o mais importante: um René Clair.