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A mostrar mensagens com a etiqueta Martin Parr

Às vezes, por mero acaso,

estabelecemos relações entre duas coisas que não têm nada ou apenas pouco a ver uma com a outra. A fotografia de Martin Parr misturou-se com a leitura de “A doce pomba morreu” sem eu dar conta e, mesmo não acreditando no diálogo entre os dois, comecei a ver as antiguidades de Humphrey, o chiffon e outros tecidos vaporosos de Leonora, os casacos de tweed de James, as paredes forradas a papel, com as cores saturadas de Parr. (A palavra javardice aplica-se aqui na perfeição, mas claro que é preferível dizer “contaminação”.) De qualquer das formas, para aliviar a intensidade das cores, hoje de manhã resolvi comprar frésias e camélias e dispô-las numa jarra antiga. Sigo para o “Quarteto no outono”. Por este andar vou acabar a fazer bolos às camadas.

Ah look at all the ordinary people

Escolhi esta imagem inspirada numa leitura apressada do texto do António Guerreiro. Achei que (para além dos chapéus de Martin Parr ficarem bem perto aos sapatos vermelhos de Mark Power), de alguma forma, a fotografia de Parr representava a transformação dos pobres em classe média e também para mais tarde me lembrar de seguir um raciocínio que começa aqui e sabe-se lá onde vai parar. Mas já percebi que me meti numa alhada. Martin Parr. Kentucky Derby. USA. 2015. © Martin Parr | Magnum Photos