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Visões

Há um triângulo equilátero (ou uma pirâmide?) em História(s) do Cinema: o vértice A é o «(s)»; os segmentos A-B e A-C são «História»; e o segmento B-C é «Cinema».
Tirando os problemas técnicos (Serralves não tem capacidade de rede para projectar ficheiros sem saltos no som?) e o final abrupto sem qualquer tipo de diálogo, a conferência de Nicole Brenez sobre as conferências de Godard no Conservatório de Arte Cinematográfica em Montreal e o subsequente livro Introdução a uma Verdadeira História do Cinema foi muito interessante. Nicole ofereceu-nos o resultados das suas minuciosas pesquisas sem qualquer tipo de afectação — parecia uma jovem detective excitada com as suas descobertas dotada de um discurso amoroso e inteligente que agarra logo. Em relação à edição do livro (e sabemos como os livros são cruciais na vida do cineasta-historiador), Nicole contou dois factos importantes. Godard escolheu uma pequena editora (éditions Albatros, fundada em 1970 sobre a égide da palavra «liberdade») e não, por exemplo, os Cahiers du Cinéma apesar de na altura até estar de boas relações com a sua equipa editorial. Houve uma primeira tiragem (em 1980:...

Um gesto de amor

A forma de encarar o contraponto, proposta por Schönberg, não como uma técnica musical que desenvolve, mas movimento que desemaranha, pode ser um bom ponto de partida para analisar as História(s) do Cinema . A matéria do projecto de Godard é tão desmesurada que podemos passar a vida a pesar, medir, confrontar o que vemos, ouvimos, fica na sombra. Escrever páginas e páginas de relatórios. Dar em loucos.  

Existe esperança? Sim, existe. Mas não para nós.

Gaza, 29 de Novembro de 2023. AP Photo/ Mohammed Hajjar⁠. (Via DER TERRORIST)