Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens com a etiqueta August Sander

corpo vulnerável (que fracassa)

Canoagem é um título bestial. Mas o que mais gosto em Joaquim Manuel Magalhães nem é esse golpe de apanhar uma palavra (ou uma frase) que ressoa, ou deixa um rasto intrigante. O que me emociona a valer é o trabalho que se vê em cada página: Joaquim Manuel Magalhães não só escreve os poemas, também os traduz. — Imagino-o vestido com um fato macaco e as mãos sujas (mais um para o grupo Die letzten Menschen , de August Sander) .

É dia

(Três semanas depois) As fotografias que acompanham o texto da Joana Gorjão Henriques no ípsilon foram muito bem escolhidas. Richard Dumas apanhou Pedro Costa a uma certa distância, de corpo inteiro, quase de perfil, entre uma porta e uma janela. Parece uma fotografia de trabalho — não, é mais do que isso, é um documento como os retratos de August Sander (um novo sentido para Die letzten Menschen ). Para além da fotografia antiga que aparece no filme (dezassete anos, vestida de noiva, sozinha porque casou por procuração, com os olhos quase cerrados), Vitalina surge duas vezes. A primeira fotografia foi tirada por Pedro Costa e ocupa cinco colunas. Há mais luz, mas a forma de enquadrar é semelhante à do filme. Vitalina encosta a cabeça a uma portada; o olhar dela é muito ambíguo, continua preso não se sabe a quê (é sobre isto que não sabemos que Pedro Costa constrói os filmes) — a imagem tem qualquer coisa de naufrágio. Na página sete, na fotografia a preto e branco de Marta M