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Mensagens

A mostrar mensagens com a etiqueta selfie

Selfie XII

Pareço as testemunhas de Jeová da rua a tentar convencer os fiéis a irem à sessão Da Nuvem à Resistência . Até já lhes passo papeizinhos com a palavra do senhor para a mão. 

Selfie VIII

Consulta de rotina. A médica pergunta como me sinto. Respondo com frases banais, omito o diagnóstico mais justo: preciso de ver um filme de Rivette. (Não, isso não chega, preciso de estar dentro de um filme de Rivette.)

Selfie VII

Eu a corrigir as traduções de Cioran (uma e outra vez).

Aquela que duvida (selfie V)

Entre outras coisas, não estar nas redes sociais e ter um telemóvel de vinte euros descreve-me como uma pessoa antiquada — o que não é completamente errado. Aos poucos, essa falha comunicacional começa também a qualificar-me como pessoa suspeita — talvez também não seja completamente errado, mas prefiro a palavra “duvidosa”.

Selfie II

Quando renovei o cartão de cidadão, a fotografia (que já era má) transformou-se num borrão negro — assusto-me sempre que a vejo. Pelo contrário, a fotografia da carta de condução é muito divertida, pareço alguém (distante) que já fez parte de uma banda (punk progressista?) e agora come cenouras. Nunca pensei que o sistema burocrático do estado pudesse alcançar revelações deste tipo.

Selfie

A Susana entusiasmou-se e cortou mais cabelo do que é habitual. Pareço uma Joana d’Arc — não a das visões, mas a do processo.

Selfie

In “Art and Morality,” an essay from 1925, D. H. Lawrence essentially predicts the selfie. Speaking of the new Kodak cameras, he writes: “To every man, to every woman, the universe is just a setting to the absolute little picture of himself, herself.” Dwight Garner.